Séries para Ver na Netflix: 15 Indicações de Cinéfilos e Blogueiros

Ousada, Série é Símbolo do Mundo Feminino

Com a ascensão das histórias femininas, somos apresentados a produções que contemplam o universo dedicado ao gênero. Lançada em 2017 nos Estados Unidos, a série "The Bold Type" chegou recentemente à Netflix e examina o mundo moderno sob os olhares de três jovens millennials trabalhando na revista Scarlet: Jane (Katie Stevens), Kat (Aisha Dee) e Sutton (Meghaan Fahy).

Inspirada na história de Joanna Coles, ex-editora da revista Cosmopolitan, “The Bold Type” explora as constantes mudanças para as mulheres, dialogando com tópicos raciais, de geração, sexuais e sobre a própria vida.

Composta por cinco temporadas (apenas quatro disponíveis na Netflix), “The Bold Type” foi marcada por ser uma das pioneiras a levantar bandeiras e incluir tópicos importantes para a sociedade. Alguns trechos da série dialogam diretamente com temas que costumam ser silenciados, como abuso sexual, abuso de poder, entre outros.

Escolher “The Bold Type” é apenas uma forma de disseminar para o mundo sua importância. Ao longo dos 52 episódios, a série é apenas um prelúdio para projetos futuros e atuais que constroem histórias femininas, sem o medo de mostrar as mudanças pelas quais o mundo está passando. 

A Crítica Social Mais Divertida Já Feita

Criada por Michael Schur, que possui séries como The Office, Parks And Recreation, e a queridinha Brooklyn Nine-Nine em seu currículo, The Good Place é uma sitcom que revoluciona. Diferente de outras séries do gênero, que nem sempre continuam a história geral, esta apresenta uma trama completa. É uma das primeiras sitcoms serializadas. 

A divertida série consegue prender do início ao fim, em todas as temporadas, sem deixar a qualidade cair. Usando críticas simples, mas que questionam a moralidade atual, a produção é um exemplo de questionamento ético e seu desfecho arranca lágrimas dos fãs!

Uma Divertida Imersão aos Anos 90

“Everything Sucks!” é uma série cancelada pela Netflix após uma temporada, mas que vale muito a pena assistir! Sua proposta despretensiosa e divertida certamente te prenderá!

Acompanhamos Luke, um garoto que enfrenta os dilemas da adolescência. Ele faz parte do grupo de vídeo do colégio, junto à Kate, por quem se apaixona. A garota está passando pela descoberta da sua sexualidade e, em meio a tudo isso, os grupos de vídeo e de teatro devem se unir para a gravação de um filme.

A série aborda temas como autodescoberta e amizade, com nostalgia e referências à cultura pop, além de explorar a linguagem audiovisual como parte do enredo. Destaque para os personagens, que tornam o ritmo leve e ágil. Isso auxilia no desenvolvimento da história, que é simples, mas muito envolvente. Os 10 curtos episódios passam voando!

O visual é lindo e imersivo. Aliado à ótima trilha sonora, com vários sucessos da época, reforça ainda mais a sensação de nostalgia. Mesmo não possuindo uma continuação, “Everything Sucks!" certamente merece ser vista. A experiência é muito agradável e os personagens ficarão com você por muito tempo.

Drama Coreano, Discute Saúde Mental

Moon Gangtae (Kim Soohyun) cuida muito bem de seu irmão mais velho, que tem autismo, e dos pacientes da ala psiquiátrica em que trabalha, mas acaba se deixando de lado. Sua vida muda após conhecer Ko Moonyoung (Seo Yeji), uma escritora de livros infantis com quem viverá um romance inesperado, mas cheio de aprendizados.

Mais do que uma história de amor, "Tudo Bem Não Ser Normal" é uma história sobre saúde mental, tema que não deve mais ser visto como tabu e torna a série não só interessante, mas necessária. 

Com seus personagens cativantes e imperfeitos, aprendemos a aceitar ajuda, a encarar o passado e a iniciar o processo de cura para feridas emocionais. "Seu corpo é honesto. Quando sente uma dor física, você chora. Mas o coração é mentiroso. Fica em silêncio mesmo quando dói." Essa é uma de minhas quotes favoritas.

O drama ganha toques de fantasia com os "contos de bruxas" de Ko Moonyoung, histórias com lições de moral e ilustrações sombrias que saíram das telas para serem lançadas de verdade. No Brasil, os contos foram publicados pela Intrínseca. Vale a pena ler e assistir!

Série Apaixonante Recheada de Temas Importantes

Com fãs em todo o mundo, “Anne With An E” é uma série leve e com conteúdo cativante. A produção ganhou três temporadas da plataforma de streaming e foi estrelada pela atriz Amybeth McNulty, que interpretou com maestria a jovem de cabelos vermelhos.

A série canadense é baseada no livro “Anne of Green Gables” (1908), de Lucy Maud Montgomery, e acompanha Anne, uma garota bastante comunicativa e de imaginação fértil. Embora esconda dentro de si lembranças de um passado triste, Anne acredita na bondade e tenta ver tudo por um ângulo diferente. 

Anne é diferente das outras meninas também na maneira de se portar e de pensar, e é exatamente isso que a torna tão apaixonante!

Apesar dos poucos episódios, que totalizam 27, é possível acompanhar o crescimento dos personagens e das mensagens que o título se propõe a passar para o público, como amor, importância da família, racismo e machismo.

Representatividade, Juventude e uma Trama Bem Construída

Quando assisti o trailer de "Young Royals", antes da série ser lançada pela Netflix, não dei tanta fé para a produção. Porém, ativei o lembrete para o fim de semana e, logo no primeiro episódio, a paixão foi súbita! Apesar do típico clichê de produções dramáticas, o diferencial é como a trama se desenrola.

Acompanhamos a história do Príncipe Wilhelm que, após se envolver em um atrito, é enviado para um colégio interno. Lá ele passa a explorar seus sentimentos e a descobrir qual trajetória deseja seguir. Após um incidente inesperado, Wilhelm passa a ser o próximo da linhagem sucessória do trono.

No colégio, Wilhelm conhece Simon, um não residente do colégio que encanta Wilhelm. Os dois passam a viver um romance "proibido" que, sem sombra de dúvidas, nos prende à trama. O triste é que a primeira temporada de "Young Royals" tem apenas seis episódios, porém a segunda temporada da série já foi confirmada pela Netflix.

A série é uma produção sueca e suas semelhanças com o livro Red, White & Royal Blue são bem visíveis, já que ambos contam com uma temática LGBTQIA+, tanto nos relacionamentos interpessoais dos personagens quanto nas entrelinhas da opressão real. 

A História do Hip Hop Contada de Maneira Sensível e Musicada

Nova York, 1977. O Sul do Bronx é tomado por boates de música disco, políticos que farão de tudo para ver a região em ascensão, fanatismo religioso e, claro, tráfico. Em meio a esse cenário, Zeke, o "Books", é um poeta cujo destino cruza com o do DJ Shaolin Fantastic, que apresenta a ele o Get Down, batida que marca o início do movimento hip hop nas artes.

Logo, a mensagem de Zeke e Shaolin se espalha para jovens tão marginalizados quanto eles. Ao mesmo tempo, Mylene, o grande amor de Zeke, luta contra a opressão de seu pai para se tornar uma estrela do disco.

"The Get Down" é uma série que tem representatividade! Tirando um ou outro coadjuvante, todas as personagens são negras e latinas interpretadas por pessoas negras e latinas mesmo. Além disso, traz discussões sobre temas político-sociais e até mesmo recortes de cenas reais, mostrando a história do hip hop de forma poética e pertinente.

A série foi lançada entre agosto de 2016 e abril de 2017, sendo dividida em duas partes que somam 11 episódios. 

Série Surpreendente, Traz Discussão Polêmica Sobre Redes Sociais

Clickbait é uma intrigante minissérie de suspense da Netflix com 8 capítulos. Acompanhamos a vida em torno de Nick Brewer, um pai de família que é sequestrado e cuja vida passa a depender da quantidade de visualizações de um misterioso vídeo na internet, onde ele aparece confessando crimes. 

Sua família, junto à polícia, precisa descobrir onde ele está e quem são os responsáveis pelo sequestro antes que coisas piores aconteçam.

Para quem gosta de suspense e de uma boa história, assim como eu, a série é um prato cheio! A cada episódio, a trama apresenta diversas reviravoltas que nos fazem ter uma perspectiva completamente diferente da situação com a qual os personagens estão lidando. 

Discussões sobre como as redes sociais, a mídia e as aparências não refletem a realidade dos fatos são os pontos-chave que farão você refletir sobre o impacto da tecnologia na atualidade.

Prato Cheio Para Quem Gosta de uma Boa Investigação Policial

“Bandidos na TV” é uma série documental, com sete episódios, que foi originalmente lançada na Netflix em 2019 e que narra a história da ascensão meteórica do apresentador de televisão e político brasileiro Wallace Souza, que comandou o programa “Canal Livre”, da TV Rio Negro, de Manaus. 

O programa ficou famoso por chegar sempre antes dos concorrentes em cenas de crimes e por exibir, ao vivo ou em matérias gravadas, os corpos de pessoas assassinadas, enquanto seus familiares choravam ao redor. Descobriu-se, depois, que muitas dessas mortes eram supostamente encomendadas pelo próprio apresentador.

A série da Netflix explora de maneira primordial os pormenores da conturbada carreira de Wallace, que passou de apresentador extremamente popular a político acusado de encomendar até o assassinato de uma juíza federal. 

Os episódios são repletos de descobertas mirabolantes e reviravoltas que ora nos fazem acreditar na inocência do deputado e ora nos deixam com certeza de que ele é culpado das atrocidades das quais está sendo investigado. Tudo isso é pontuado com imagens de arquivo e depoimentos reais de pessoas ligadas ao caso. Você não vai conseguir desgrudar da telinha enquanto não maratonar a série.

Um Mergulho na Mente de Assassinos em Série

Nos anos 1970, o FBI precisava descobrir mais informações sobre serial killers. A agência passou a investir no ramo do perfilamento psicológico. E aí entra a minha série favorita da Netflix, "Mindhunter". Com duas temporadas baseadas em fatos reais, o seriado mostra os bastidores dessa pesquisa. 

O espectador acompanha a rotina de dois agentes, Holden Ford (Jonathan Groff) e Bill Tench (Holt McCallany), que percorrem os EUA para ensinar policiais sobre perfis de criminosos. 

Holden tem uma ideia: por que não usar essas viagens para entrevistar os assassinos? Eles passam então a conduzir entrevistas com homicidas para poder estabelecer quais seriam as nuances desse tipo de criminoso. 

Além do roteiro perfeito, "Mindhunter" tem uma direção de arte impressionante. Escolhi essa série pois ela é um mergulho dramático em mentes perversas. É imperdível!

O "Sexo Frágil" em uma Terra Sem Lei

O faroeste já foi o carro chefe do cinema, explorando ação e movimento como nenhum outro gênero. Com o passar dos anos, cavalos foram substituídos por automóveis, revólveres por armas de repetição e as pradarias por becos urbanos, virtualmente aposentando o bang bang. "Godless" faz um resgate magistral desse gênero em uma série sensacional. 

O plano de abertura imerso em névoa, da qual surgem os personagens em suas montarias como fantasmas alados, já apresenta o cartão de visitas da série: tramas e subtramas desveladas aos fragmentos, densidade dramática e uma cinematografia extasiante. 

A série é fiel ao faroeste clássico com seus planos, diálogos e maneirismos, mas aborda as temáticas com um olhar atual. A ideia central, marcada pelo conflito entre uma cidade só de mulheres e um bando de foras da lei sanguinários, traz nova dimensão ao gênero, e uma tensão de tirar o fôlego!

Você Torce Pelos Gângsters Até o Último Minuto

"Peaky Blinders" é uma série de tirar o fôlego! Nela, acompanhamos uma família / organização criminosa que  – a princípio  – domina Birmingham, na Inglaterra.

Peaky Blinders tem cinco temporadas e as filmagens da sexta já terminaram! Além disso, o criador já confirmou que teremos um filme para completar o enredo dessa família de gângsters pela qual nos apaixonamos. Ela existe desde 2013, mas eu só a vi em 2020. Ao terminar, a única coisa que eu conseguia me perguntar era: por que eu não vi antes?

Tudo na série é feito com excelência: ambientação, atuações (você nunca viu Cillian Murphy como nesta obra), fotografia, figurino, cliffhangers e narrativa. Nada deixa a desejar. Ainda, podemos enxergar a Inglaterra do começo do século XX. 

Se você gosta de drama, crime, romance e reviravoltas, Peaky Blinders é para você. Assista, e não se arrependerá!

"Série mais Estranha da Netflix", Não É Para Todos os Públicos

“Vingança Sabor Cereja” é uma minissérie com 8 episódios que estreou na Netflix na sexta-feira 13 de agosto. Criada por Nick Antosca e Lenore Zion, dupla conhecida por “Channel Zero”, é baseada no livro “Brand New Cherry Flavor”, do escritor Todd Grimson.

A série é estrelada por Rosa Salazar (Alita) e Catherine Keener (Corra!). Só por essas duas já vale conferir! Frisada como "a série mais estranha da Netflix" e com ótimas críticas, aparenta ter uma história simples sobre vingança, porém vai muito além disso, desenvolvendo trama e estética de uma forma bastante atraente. 

Não sei se é a produção mais estranha que já vi, mas sim, é bem bizarra e definitivamente não é para todos os públicos. Entretanto, é um exercício de narrativa visual e argumentação que conquista muito pela beleza e bizarrice. Garanto que vai abrir sua mente, só não posso dizer se vai gostar (risos).

Lendas do Folclore Brasileiro Inseridas em Nossa Sociedade

"Cidade Invisível" é uma série nacional lançada em 2021. O roteiro conta com Carolina Munhóz e Raphael Draccon, autores conhecidos por seus livros de fantasia. A série também tem atores de peso, como Marco Pigossi e Alessandra Negrini. 

Já vimos muitas histórias sobre mitologia nas telonas e agora chegou a vez do Brasil integrar essa lista. Assim como muitos brasileiros, eu cresci ouvindo folclores como Saci, Cuca e Curupira. 

"Cidade Invisível" traz essas lendas para a vida real, além de introduzir questões sociais, como desapropriação de terras e pessoas invisíveis à sociedade (como sugere o nome da série). É um prato cheio para quem gosta de fantasia!

O final deixou pontas soltas, mas felizmente a série foi renovada para a segunda temporada. Um bom motivo para você maratonar a primeira, de apenas sete episódios! O folclore brasileiro entrou em grande estilo para a lista da Netflix e tem ainda muito a mostrar.

Prima do Super-Homem Decide Finalmente Tornar-se uma Heroína

Depois de algum tempo procurando uma série nessa vibe de super-heróis, encontrei Supergirl, que foi paixão logo de primeira!

Kara Zor-El é prima do Super-Homem. Desde que chegou à Terra, conseguiu esconder seus poderes, mas agora, aos 24 anos, decide assumir suas habilidades e ser uma heroína. Assim que se torna a Supergirl da cidade, todas as pessoas passam a admirá-la e a querer saber quem de fato ela é. 

Supergirl é uma série que me prendeu a cada episódio. Eu sempre queria saber o que aconteceria com a Kara, as missões que ela tentava resolver, as boas amizades, os encontros e os desencontros amorosos. A série conta com 6 temporadas, tendo 55 episódios. Bora maratonar?