Harmonização de Vinhos: Inspire-se com 10 Combinações de Vinho e Comida

Harmonização de Vinhos: Inspire-se com 10 Combinações de Vinho e Comida

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Ana Wingert Moraes
GastroRosé
  • PIZZATO
    Espumante Brasileiro Fausto Brut Rosé


    Ana Wingert Moraes

    Eu amo espumante brut rosé pela jovialidade, frescor e a versatilidade. Tanto o vinho rosé tranquilo (o vinho normal), como o vinho espumante (que tem as conhecidas borbulhas do Champagne), tem essas características. Por isso, ampliam as possibilidades de harmonizações e agradam praticamente a todos os gostos. 

    O espumante Pizzato Fausto Brut Rosé tem essa versatilidade. Ele acompanha bem um dia de sol com os amigos, uma saladinha, a feijoada de sábado e principalmente comidas orientais. Não é à toa que rosé is the new black!

    Ahh, aquela acidez deliciosa! Salivei só de lembrar do dia em que tomei este espumante comendo fettuccine com frutos do mar na casa de um chef de cozinha italiano que é meu amigo. Foi incrível!
  • POURCIEUX
    Vinho Rosé Francês Château de Pourcieux


    Ana Wingert Moraes

    Como os espumantes, o vinho rosé é de fácil harmonização. Por estar entre o branco e o tinto, em regra, apresenta menos taninos, muito frescor, boa acidez e corpo para acompanhar comidas. Não lembro se alguma vez tomei um vinho rosé que brigou com o prato. 

    O Vinho Rosé Château de Pourcieux fica maravilhoso com ratatouille, prato típico da região de Provence, na França. Aliás, combinar o vinho com a culinária local é uma grande sacada. Pensando nisso, vinhos do Mediterrâneo, como é o caso deste rosé, vão bem com legumes, peixes e frutos do mar.

    Minha experiência sobre esse tema foi completa quando organizei o aniversário de um ano da GastroRosé harmonizando vários rosés da Provence com finger food da culinária mediterrânea. Posso garantir que não teve erro.
  • SAINT CLAIR
    Vinho Branco Neozelandês Marlborough Sun Sauvignon Blanc


    Ana Wingert Moraes

    O Saint Clair Marlborough Sun Sauvignon Blanc é um vinho muito fácil de tomar. Esse é o típico vinho que expressa alegria engarrafada. O rótulo diz tudo: você toma e se imagina correndo feliz pelos campos de Malborough, no sul da Nova Zelândia, onde é produzido e onde a uva Sauvignon Blanc se expressa muito bem.

    Ele tem características herbáceas e frescas, com aromas fantásticos de frutas tropicais, como maracujá e manjericão. Em boca é um arraso por causa da acidez alta (reparem que eu sou fã dela).

    Ele acompanha super bem pratos um pouco mais gordurosos, como risoto de queijo brie e presunto serrano. Foi minha escolha em um almoço entre amigos e deu match! 
  • HERDADE DO ESPORÃO
    Vinho Branco Português Monte Velho


    Ana Wingert Moraes

    Em busca de novidade, fiz um encontro da Confraria GastroRosé numa galeteria italiana. A casa servia polenta frita, risoto de frango, massas, asinha e galeto. Um festival de delícias. Para contrapor a fritura do rodízio, apostei nesse vinho português branco de corpo médio, com boa acidez. 

    O Vinho Branco Monte Velho Herdade do Esporão possui aromas de frutas brancas e notas cítricas. Em boca, é bem frutado e equilibrado. Perfeito, especialmente nos dias de calor e em ocasiões mais descontraídas. 

    Vinhos portugueses costumam ser bem gastronômicos porque são feitos a partir de várias uvas (conhecidos como blends). Isso permite ao produtor encontrar equilíbrio, além de aromas e sabores deliciosos. E o melhor – Portugal é o país do custo-benefício!  
  • KAIKEN
    Vinho Branco Argentino Kaiken Ultra Chardonnay


    Ana Wingert Moraes

    Para falar sobre uma das uvas que mais gosto, a Chardonnay, vamos de vinho argentino. Amo os brancos que passam por barrica. Diferente dos vinhos brancos que não passam por madeira, os brancos de barrica são mais untuosos (sensação amanteigada na boca). 

    Eles também são mais encorpados, costumam ter mais textura, mais sabores e aromas mais complexos (como amêndoas, coco, especiarias). 

    O Vinho Branco Kaiken Ultra Chardonnay possui aromas de pêssego, abacaxi e uma baunilha deliciosa vinda da madeira. Fica ótimo com o sabor agridoce do Pineapple Dream (abacaxi recheado com frango, legumes grelhados e tofu defumado). Você pode combiná-lo também com comida thai, saladas, frango e peixes.
  • ANSELMO MENDES
    Vinho Branco Português Muros de Melgaço Alvarinho


    Ana Wingert Moraes

    Surpreendendo quem pensa que Vinho Verde não tem potencial de guarda, esse foi um dos melhores vinhos brancos que já tomei. Cremosinho e muito aromático, é um vinho para tomar menos gelado do que comumente se tomam vinhos brancos. Indico servi-lo a uma temperatura aproximada de 12 graus.


    Vinho Verde, ao contrário do que o nome induz, não é verde. Pode ser branco, rosé ou tinto, mas tem que ser produzido na região do Minho, em Portugal - ela sim, muito verde. Famoso pela alta acidez e frescor, até então se dizia que Vinho Verde era para consumo rápido. Mas grandes produtores mostram que as uvas da região podem fazer vinhos para envelhecimento.

    O Alvarinho Muros de Melgaço da Anselmo Mendes é uma amostra desse potencial e combina com um prato de bacalhau com natas, por exemplo. Lembra que falei sobre harmonizar vinho com a culinária típica da região? Então, esse é outro casamento lindo vindo de Portugal. 
  • LOUIS LATOUR
    Vinho Tinto Francês Louis Latour Beaujolais Villages


    Ana Wingert Moraes

    O frescor da uva Gamay da França impressiona. Um vinho leve, com boa acidez, aromático e que agrada a quem gosta desse estilo de vinho tinto mais jovem. Ideal para aqueles que querem começar, mas não tomam vinho porque acham “amargo”.


    Louis Latour é um grande produtor de vinhos, ícone da França. São onze gerações apresentando grandes rótulos, aproveitando as melhores uvas de cada região do país. Toda essa tradição e prestígio resumem o resto da explicação.

    Combinei este Louis Latour Beaujolais Villages com tagliatelle com ragu de cordeiro e ficou ótimo. Charcutaria e queijos maduros também fariam um bom casamento com esse vinho. 
  • DUORUM
    Vinho Tinto Português Duorum Colheita


    Ana Wingert Moraes

    Partindo para um vinho tinto mais encorpado, este vinho português ganhou meu coração. Ele é macio de beber e apresenta aromas deliciosos. Portugal costuma fazer vinhos incríveis por causa da mistura de uvas e, não à toa, é um dos queridinhos dos brasileiros. Só perde para o Chile.


    O Duorum Colheita une qualidade, estrutura e equilíbrio, em um blend sedutor de fruta e madeira que fica sensacional com as nossas carnes vermelhas. Com picadinho de carne, então, fica dos deuses.

    Para quem gosta de vinhos mais secos, com mais corpo e taninos mais firmes, mas suaves, o Vinho Duorum Colheita é uma ótima escolha. Como a complexidade de aromas é incrível, gosto de usar o decanter um pouco antes de beber. Outra opção é deixar o vinho “abrindo na taça” para ele revelar maravilhas. Fica a dica!
  • CATENA ZAPATA
    Vinho Tinto Argentino DV Catena Malbec


    Ana Wingert Moraes

    Não poderia faltar o clássico Malbec nesta lista. Como já falei no meu Instagram, o Vinho DV Catena Malbec é atemporal e dispensa maiores apresentações no Brasil. Bem intenso, frutado e aromático, possui aquelas notas de frutas vermelhas e negras que a gente adora, além do corpo típico dos vinhos argentinos.


    A Bodega Catena Zapata é referência na produção de Malbec no mundo inteiro. Responsável pelo renascimento da uva após a praga que dizimou os vinhedos na Europa, há anos vem mostrando o grande potencial do terroir argentino. Que sorte a nossa serem nossos vizinhos!

    Para fugir da tradicional combinação com carne vermelha, apostei em um delicioso espaguete à carbonara quando recebi dois casais de amigos em casa. Foi sucesso e, pensando bem, já está na hora de repetir esse encontro.
  • CAVE AMADEU
    Espumante Brasileiro Cave Amadeu Moscatel


    Ana Wingert Moraes

    Vinho para sobremesa é sempre uma loucura. O grand finale de toda refeição! Só aqui, nossa lista poderia se multiplicar aos montes. Mas, como ela é limitada, optei por este espumante incrível, de ótimo custo-benefício e produzido no Brasil.


    O Espumante Moscatel Cave Amadeu surpreende pelo frescor e pela acidez que contrasta com o dulçor da uva. Nada daquele doce enjoativo. Ficou ótimo com os figos caramelizados com sorvete de queijo que servi no Clube do Vinho GastroRosé. Mas apostaria fácil em combiná-lo com mousse de limão, sorvete de creme e frutas em calda.

    Aliás, espumante Moscatel com sobremesas doces é quase um padrão de harmonização. Se você provar essa combinação, muito provavelmente vai gostar e vai querer repetir.