Livros em Braille Infantis: 10 Sugestões Para Comprar Online

Se você me perguntar por onde começar, certamente indicarei o livro “O menino que via com as mãos”. 

Um livro poético, escrito em versos e estrofes, que conta a história de Juquinha, um garotinho alegre e curioso, que via o mundo de um jeito diferente. A deficiência visual é abordada de maneira leve e com muita sensibilidade. 

Indico esse livro como sugestão de presente para crianças pequenas com deficiência visual, pois além de trazer o contato com o braille (que é importante desde os primeiros anos de vida), também permite a construção de uma identificação da criança com o personagem. 

A leitura também é enriquecedora para irmãos e colegas de escola de crianças cegas, fazendo deste livro uma excelente ferramenta para iniciar o diálogo sobre as diferentes maneiras que podemos enxergar o mundo.

Elizete Lisboa é mãe, professora, autora infantojuvenil premiada e cega. Sem abordar a deficiência visual, seus livros trazem histórias cheias de imaginação, animais falantes e fantasias, e são sempre publicados com duas escritas: braille e tinta, que permite a leitura para todos os públicos. 

Em A Bruxa Mais Velha do Mundo, passeamos pela rotina de uma bruxinha que já fez mais de mil aniversários, mora no alto da serra e adora brincar com os animais que vivem na mata. Mas ela tem um sonho não realizado: quer se casar! 

Além do texto estar em braille, a cada página temos uma figura em relevo relacionada com o momento da história, permitindo assim que as crianças com deficiência visual vejam os desenhos com a ponta dos dedos.

Sabe aquele livro completo, perfeito e maravilhoso, que todo mundo deveria ter em casa e ler para seus filhos antes de dormir? É este! 

Como o próprio nome já indica, Um Mundinho Para Todos aborda a importância de respeitar e aceitar as diferenças. 

É impressionante pensar que em apenas 24 páginas, recheadas de ilustrações coloridas e com escrita descomplicada, a autora consegue falar sobre temas tão importantes como: diferenças raciais, culturais, físicas e religiosas. 

Cada habitante do mundinho tinha seu jeito de ser diferente do outro. Cada um tinha seu tempo para aprender e seu modo de ver o mundo. Alguns falavam com as mãos e outros precisavam de cadeira de rodas para se locomoverem. 

Além disso tudo, o livro ainda fala sobre a importância de cuidarmos do mundinho, dos animais, da natureza e de cuidarmos uns dos outros.

O que cabe dentro de uma mala?

Ah, depende do tamanho!

Mas, e se a mala for maluca?

Cabe uma oca e até uma motoca.

Assim é o livro Mala Maluca, com muita ludicidade, figuras coloridas, textos curtinhos, linguagem direta e rimas divertidas. Uma leitura sob medida para crianças que estão em fase de alfabetização.

Um livro novinho, lançado recentemente (2021) pela Ciranda Cultural. Edição em tinta, braille e fonte ampliada para baixa visão. Um livro especial para mim, pois foi o primeiro que encontrei e comprei numa livraria física, sem precisar encomendar.

O sinônimo de incluir pode ser abraçar, compreender, envolver, aceitar ou abranger. Todas essas palavras compõem a mensagem do livro Dança Down. 

Quando Cuca entra na escola de Aninha, a garota logo percebe que sua nova colega tem um jeito diferente e divertido de ser. A disposição de Aninha em compreender as dificuldades e principalmente conhecer as habilidades de Cuca resulta num verdadeiro show!

Cláudia Cotes se inspirou no irmão com Down para escrever esse livro e nos entregou uma verdadeira preciosidade. Repleto de neologismos criados a partir da palavra down, o livro desmistifica a Síndrome de Down, ensina sobre o respeito às diferenças e a importância de conhecer o universo do outro. Tudo isso em braille e tinta! 

Prepare-se para rir, aprender e "downçar" muito!

Este livro faz parte da Coleção Adélia, cujo objetivo dos criadores foi oferecer um livro completo, tanto para quem enxerga, como para quem tem baixa visão ou deficiência visual total. E, na minha opinião, eles conseguiram!!! 

Em Adélia Sonhadora, nossa protagonista acorda querendo brincar de faz de conta e, em seu mundo imaginário, transforma os objetos em personagens. O chapéu vermelho de veludo representa a rainha, o boné representa o rei, o laço delicado transforma-se na princesa, e assim por diante. 

Os objetos escolhidos por Adélia estampam as páginas do livro, cada um com uma textura e um aroma diferente. Isso, além de prender a atenção das crianças, também trabalha a percepção olfativa e tátil, sendo essa última muito importante no processo de alfabetização braille. 

E por falar em braille, a impressão braille utilizada é a Braille BR, uma impressão diferente e inovadora que não perfura o papel, permitindo assim uma leitura ainda mais prazerosa.

Se você tem ou já teve um cãozinho, certamente se identificará com esta história. 

Lualva é uma sapeca cadela vira-lata que se perdeu do dono, mas teve a felicidade de encontrar um novo lar. Lua (como era chamada) é daqueles bichinhos que não têm parada. Muito desordeira, vive aprontando, comendo tudo que vê pela frente, subindo em muro alto e até fugindo de casa. 

Um dia Lua fica doente e precisa urgentemente de cuidado e atenção. 

O final dessa história não é triste, não. Com amor e cuidado, Lua se recupera e volta a aprontar. Mas o interessante desse livro é que ele traz a realidade e, principalmente, a responsabilidade de se adotar um pet. 

Mais um livro de autoria de Elizete Lisboa, escrito em braille e tinta.

Sarita tem 4 anos e estuda numa escola “comum”. Ela é a única criança cega de sua turma, mas isso é só um detalhe. Como a maioria das crianças de sua idade, a menina gosta de brincar, tem amigos e é muito curiosa. 

O que mais gosto neste livro é a forma como ele nos ensina a ensinar a criança com deficiência visual. 

Primeiro através do diálogo e da descrição do mundo que a cerca. Depois, através de associações, explicando que o formato do prédio alto é semelhante ao retângulo do porta-retrato e da geladeira, por exemplo. Por último, com a construção de desenhos em relevo, usando cola e papel. 

Outra lição escondida neste pequeno livro é a união e a participação de todos (escola, família e comunidade) na descoberta de mundo da criança com deficiência visual. 

E assim Sarita foi tocando em tudo, descobrindo as formas e ficando cada vez mais sabida!

A escola exerce um papel fundamental na construção da sociedade. Lá um dos primeiros desafios que a criança enfrenta é aprender a conviver com o outro e a respeitar as diferenças. Em “A Escola Feliz”, essa lição foi aprendida com sucesso! 

A história retrata o dia a dia escolar de seis amigos que, em comum, compartilham apenas o amor pela escola e a amizade. Já suas diferenças são muitas: no tamanho, na cor da pele, no modo de falar, na forma de enxergar e até no jeito de caminhar. 

Quando Manu (deficiente visual) e Felipe (cadeirante) se deparam com um obstáculo para acessar a casa na árvore, a escola logo providencia a construção de uma rampa, que garante o acesso dos dois. 

Para mim, a moral dessa história é que, para construirmos uma sociedade mais justa, nós, adultos e responsáveis, precisamos ir além da fala. É preciso dar exemplo! O exemplo sempre funciona. 

O livro também foi impresso com o Braille BR e traz em suas páginas relevos e texturas.

Como o mundo seria um lugar melhor se tivéssemos mais livros como o de Missy. 

O livro contém fonte ampliada, braille, texturas e aromas, um CD com a audiodescrição das imagens e um QRcode com a história contada em libras. É o primeiro livro 100% acessível do Brasil. 

Uma história real e de amor sobre Missy, uma cadela da raça Pointer Inglês, que nasceu nos Estados Unidos e mudou-se para o Brasil. Ela vivia livremente em uma fazenda, rodeada de carinho, cuidados e amigos. Um livro encanta adultos e crianças!

Dobraduras, miniaturas, texturas... Prepare-se, pois a cada virada de página, uma surpresa te aguarda. Atente-se aos detalhes, eles expressam o tanto de amor que foi depositado nesse projeto. 

A impressão braille é a Braille BR (aquele que não perfura o papel), o que proporciona ainda mais qualidade ao produto.